quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Silêncio!


Muitas vezes o que a gente precisa é de silêncio.
Silêncio para conseguir escutar com clareza as vozes que discutem dentro da nossa cabeça. 

As vozes inquietas. 
As vozes ansiosas. As vozes sonhadoras. As vozes reprimidas. 

Silêncio!


Apenas para que a gente consiga agir com cautela e sabedoria. Silêncio para não obedecer ao primeiro grito de ordem. Ou ao primeiro choro despropositado.


Silêncio!


Para que antes de pensar... A gente consiga respirar. Respirar sem medo de perder tempo ou dinheiro. Respirar profundamente. Para que nosso cérebro fique mais arejado e se abra... Para que os labirintos se desfaçam e para que os caminhos passem a ser claros. Para que toda poeira se esvaia. Pra ver se tanta incerteza se acaba. 


Silêncio!
Menos barulho, e mais Silêncio!


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Por uma nova perspectiva

Queria virar fumaça 
para ser tragada pela atmosfera.
Para me fundir aos gases e vapores,
me misturar aos aromas
incomodar apenas em forma de brisa, 
perfumes e cores.

Pegar carona com a chuva,
me acomodar no leito de um rio,
ver as coisas por um ângulo novo
e observar de forma invisível.

Quem sabe uma queda d’água me faça cócegas
e me acalente no colo de outro rio.
Talvez assim eu evapore
e pro céu eu volte sorrindo.

Quero me tornar raios de sol,
mas, quero ter cor de violeta.
Quem sabe a luz me traduza
e me cegue
para que eu não mais veja.

Quero que algum ruído me invada
e por fim me ensurdeça.
Imagine a paz que eu teria
se eu me mesclasse à natureza.



sábado, 3 de agosto de 2013

E se eu não fugisse?

E que tal, não fugir? E que tal viver? Viver em conformidade com os protocolos. Viver como manda o figurino. Obedecer às leis. Leis duvidosas. Que vivem a nos colocar em prova. E que tal se conformar? Parar um pouco de se desesperar. Parar de dar a cara à tapa. Parar de sofrer por antecipação ou de sofrer por opção e indignação. E que tal empurrar as coisas com a barriga? Dançar conforme músicas alheias. Aprender a não discordar. Fazer-se amigo do silêncio. Separar-se das palavras que incomodam amigar-se com as que funcionam. Desistir de sonhos, descer das nuvens, ser prático e enfim encostar os pés no chão. E que tal não se desiludir? Aceitar que os mecanismos da vida são assim. Tudo é de plástico, às vezes de vidro.  Plásticos e Vidros de péssima qualidade. Falsos e facilmente quebráveis. E que tal aceitar a chatice? Afinal... Não é o que todos os dias nos dizem... A vida é assim. Se quiser vencer, progredir,  ser alguém, conquistar coisas, pessoas... Temos que nos alimentar. De conhecimento, diplomas, tapinhas nas costas, indicações, experiência. Temos que nos mostrar capazes, o tempo inteiro. Não temos saídas, não podemos apenas ser ou fazer. Estamos em prova a todo o momento. Então, para que fugir? Para viver do lado marginal da vida? Para ter dedos apontados na nossa direção? Para carregarmos o peso de não ter conquistado o que todos esperam? Para lembrarmos no fim que todos conquistaram aquilo que devíamos ter, Para mostrarmos que resolvemos escolher outro caminho? Qual o sentido disso? No fim das contas para ninguém isso terá valor. Para que fugir? Se todos dizem que é mais fácil aceitar que a vida é assim? 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cidade Nova




















Corro e busco
em meio ao mofo e o musgo
tudo o que eu sempre quis ter.

O sino da igreja que toca
diariamente, de hora em hora
de vez em quando minhas tristezas evoca
e o sentido de tudo começa a se perder.

Vigoroso é o vento que sopra
traz a chuva que nas ruas se empoça
que de vez em quando me molha
e o sol não pede licença para aparecer.

As pedras dos morros íngremes
são escorregadias demais.
Não são de querer favorecer
é quase impossível não querer voltar atrás.

A solidão se reforça
muitas caras nas ruas são tortas
mas às vezes isso pouco me importa
pois o som de um órgão gracioso
eu escuto saindo de uma porta.

Aqui as noites são mais frias
tão recheadas de melancolia
Chega a ser angustiante
e ao mesmo tempo aconchegante
a hora de ir dormir.

Tudo é recheado de histórias
os muros parecem ter tanto pra contar.
Com as nuvens e estrelas daqui
tenho vontade de conversar.

É uma busca que me traz choros
e sorrisos também.
Só por ser uma novidade
sei que da mesmice não sou mais refém.



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O beijo



                                           - Link da Foto -














Senti você ofegante
perto de mim a respirar
senti uma dor gigante
o meu peito dilacerar.

Toquei de leve teu rosto
rocei meus dedos em teu cabelo
me aproximei dos teus lábios
ganhei teu beijo!


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O vestido



                                      - Link da Foto -














O meu vestido mais bonito
hoje eu irei vestir
ele é rodado e florido
hoje é o meu dia de existir.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O bem querer
















 

O querer é perigoso.
O bem querer é bem mais ainda.
A gente quer tanto apenas uma coisa,
que terminamos por esquecer 
de bem querer também a vida.